top of page
joaodias3silveira

Francisco -História (3A;3B;3C;3D) Viviane-Geografia (3A;3B;3C;3D;3E)

Atualizado: 11 de dez. de 2020

Evandro (3E)


Atenção: Respostas Somente no link (Comentários apenas para dúvidas).


https://forms.gle/Uq7TFtkQrTk7NRL77 -Link atividade 2 (Francisco, Viviane e Evandro)


https://forms.gle/ge1ssbP8xK622SRu5 -Link atividade 3 (Francisco, Viviane e Evandro)


Obs: Façam com calma LEIAM os textos.






Atividades Escolares não presenciais -2020

OLÁ! Tudo bem com vocês? Vamos dar continuidade aos nossos estudos, iniciando o SEGUNDO BIMESTRE. Pudemos analisar a Revolução Francesa e a Revolução Industrial e seus resultados na Inglaterra. Um segundo impulso na indústria ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial, e gerou enorme riqueza para a burguesia, enquanto os trabalhadores só conheceram a miséria, fome, cansaço e aumento de desemprego (pois as máquinas novas substituíram vários operários em determinadas tarefas). Os países que tiveram condições de realizar esse desenvolvimento industrial (Inglaterra, França, Alemanha e Itália recém unificadas cada qual como um país centralizado, além da Bélgica, Holanda, Japão e Estados Unidos) lucraram bastante com isso. Essas potências passaram a disputar entre si os mercados consumidores (as áreas que não tinham indústrias e que por essa razão precisavam comprar produtos manufaturados de outros países) e produtores de matéria-prima: América Latina, África e Ásia (com exceção do Japão). Essas áreas tiveram que obedecer as necessidades dos países industrializados, que passaram a controlá-las (para garantir seus lucros), dominando a economia, a política interna, a administração, a sociedade e até a cultura (que também acabou por se tornar mercadoria), e tais áreas ficaram mais tarde conhecidas como “Terceiro Mundo”, apresentando alto índice de miséria, analfabetismo, atraso tecnológico, dívidas, má distribuição de renda (poucos muito ricos, e a grande maioria da população extremamente pobres). Esse domínio dos países industrializados recebeu o nome de Imperialismo. As nações imperialistas dividiram o mundo entre si, através de acordos, buscando cada qual obter mais lucros. Porém, elas nunca aceitaram pacificamente essa divisão e, em busca da supremacia econômica, acabaram levando o mundo à maior de todas as guerras até então travadas. Outro fator que causou o conflito foi o nacionalismo, onde a vontade de unir os povos eslavos fez com que a Sérvia desejasse tomar os territórios de Montenegro, Bósnia e Herzegovina. A Rússia apoiava essa união, pois isso aumentaria o controle que ela tinha na área, mas isso desagradou o Império Turco e o Império Austro-Húngaro, que perderiam territórios. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918) Para que a guerra começasse só faltava um pretexto, que surgiu em 28 de junho de 1914, com o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, por um estudante sérvio. Iniciava-se a Primeira Guerra Mundial. A Europa se dividiu em dois blocos: · Tríplice Aliança: Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (a Itália ficou desse lado até 1915, quando Inglaterra e França prometeram-lhe alguns territórios: Trento, Tirol e Ístria); mais tarde entrou o Império Turco, para neutralizar a Rússia · Tríplice Entente: Inglaterra, França, Rússia (Itália após 1915) Da Europa, a guerra se alastrou para outras regiões do mundo (as possessões europeias da África e Ásia, que forneciam matéria-prima) e envolveu a América. O Império Russo se retirou da guerra em 1917, pois com o agravamento de sua situação interna foi realizada uma revolução, a Revolução Russa de 1917, que abalaria o mundo todo. A guerra, que durou de 1914 a 1918, teve duas fases: · guerra de movimento (do início até setembro de 1914): os exércitos alemães invadem parte da França, avançando rapidamente; · guerra de trincheiras ou de posição (de setembro de 1914 até o final): foi a característica da guerra, pois durou mais. Consistiu em cada lado tentar manter sua posição e avançar com incrível lentidão. Muitos morreram sem que a situação das linhas de batalha se alterasse.


Porém, em março de 1917, os Estados Unidos resolveram entrar na guerra ao lado da Entente, e por possuírem tropas mais “descansadas” (já que ainda não tinham entrado em guerra) e muitos equipamentos, garantiram a vitória do seu bloco.

Resultados da guerra:

A Entente vence, finalmente, a guerra, obrigando a Alemanha a assinar o Tratado de Versalhes, que lhe impunha uma derrota muito maior que a real: teve que pagar uma indenização à vários países muito superior à estabelecida pelos peritos da Conferência de Paz, além de perder 1/7 de seu território. Isso levou à um sentimento de revolta na Alemanha, que mais tarde seria utilizado pelos nazistas

· a Alemanha deixa de ser Império e se torna República, com a abdicação do Kaiser

(imperador) Guilherme II;

· formação de vários Estados independentes: Polônia, Hungria (separada da Áustria), Tchecoslováquia, Iugoslávia (reunindo Sérvia, Bósnia, Montenegro, Herzegovina), Lituânia, Finlândia.

· criação da Liga das Nações, organização encarregada de manter a paz no mundo (excluindo a Alemanha e a União Soviética), que embora não tivesse dado resultado algum, foi a precursora da atual ONU (Organização das Nações Unidas).

· Estados Unidos começa a despontar no cenário mundial como potência.

· enfraquecimento e endividamento de toda a Europa.

· a Bolsa de New York, nos Estados Unidos, começou aos poucos a controlar o capitalismo mundial; o dólar já estava definido como padrão de moeda mundial.

Questões:

1) O que é Imperialismo?

2) Quais as nações imperialistas?

3) Qual a relação entre Revolução Industrial e a Primeira Guerra Mundial?

4) Quais as consequências do Tratado de Versalhes?


Um ótimo trabalho, e cuidem-se!


REVOLUÇÂO RUSSA O czar Nicolau II (1868 – 1918) governava a Rússia de forma absolutista, reprimindo qualquer contestação ao governo, através de sua polícia política. Contava com o apoio da nobreza (donos das terras) e do alto clero da Igreja Ortodoxa, que tinha forte influência sobre a população. Esta era composta em sua grande maioria por camponeses miseráveis ainda sob o regime de servidão. As cidades russas eram poucas e pequenas, a industrialização ocorreu no país de forma tardia e o sistema bancário era controlado pela França. Isso fazia com que a burguesia e o operariado fossem classes bem pequenas. Economicamente, o Império Russo estava afundando em dívidas e, entrando na Primeira Guerra Mundial, essa situação apenas piorou, ainda mais com as vitórias alemãs sobre o mal organizado exército russo. Contra o governo, foram organizados partidos clandestinos (pois era proibido formar partidos contra o governo), sendo o mais importante o Partido Social Democrata, que se baseava em ideias socialistas. O Socialismo, em termos simples, é uma teoria político-econômica que surgiu de uma crítica do Liberalismo (e Capitalismo). Foi criada por Karl Marx (em parceria com Friedrich Engels), filósofo alemão que, para analisar a História, utilizou-se do materialismo histórico. A humanidade foi se desenvolvendo, segundo eles, através do tempo a partir de questões materiais (necessidade de comida etc.), e em cada época organizou-se em grupos que criaram maneiras de produzir os bens de que necessitavam (os “modos de produção”). Porém, essa organização dos grupos não foi tranquila, mas baseada em uma relação de exploração dos que assumiram a posse dos meios para poder produzir (“meios de produção”) sobre os que ficaram de mãos abanando (classe trabalhadora, que só possuem a energia para trabalhar – força de trabalho). As tensões entre esses dois grupos (“luta de classes”) fazem com que um modo de produção seja modificado, e se crie um novo, fazendo a história avançar. A “luta de classes” é o motor da História. Marx estabeleceu, então, uma série de “etapas” em que um modo de produção era mais significativo (dominante). Assim, passou-se do “Modo de produção primitivo” ao “modo de produção asiático” (Egito, Mesopotâmia), deste para o “modo de produção escravista” (Grécia e Roma), depois para o “Modo de produção feudal” e, finalmente, para o “Modo de produção capitalista”. A partir daí, Marx propôs que a classe trabalhadora, adquirindo consciência de sua exploração, se organizasse e, através de um amplo processo revolucionário, instaurasse a caminhada para um modelo onde não houvesse mais a exploração de ninguém, onde todos fossem iguais em direitos e possibilidades (sendo proprietários dos meios de produção), trabalhando sem prejuízo nenhum. Passariam assim do “Modo de produção capitalista” ao “Modo de produção socialista” até chegarem ao “Modo de produção comunista”, onde, não havendo mais classes sociais, não haveria mais tensão e, portanto, seria o fim da História (tal como a conhecemos). O Estado, por ser representante apenas da classe dominante, não existiria mais, sendo o poder passado diretamente ao povo. Um problema que se estabeleceu após a morte de Marx foi: para se chegar ao Comunismo era necessário passar por todas as etapas, ou era possível pular alguma(s) dela(s)? Partindo do “modo de produção feudal”, seria mesmo necessário instaurar o “modo de produção capitalista” para depois derrubá-lo para chegar no Socialismo? Inspirados nessas ideias, o Partido Social Democrata reunia dois blocos: mencheviques (minoria do partido: desejavam reformas leves, instalação de um governo burguês antes de se pensar em socialismo para o país) e os bolcheviques (maioria: queriam uma revolução que levasse a Rússia diretamente ao socialismo). Este último grupo era liderado por Vladimir Ilitch Ulianov (Lênin). Como a


oposição de Lênin ao governo era mais contundente, ele acabou por ser obrigado a fugir do país por perseguições da polícia política do czar.

A inflação, a fome e a miséria aumentavam sem parar. Faltavam alimentos para os combatentes. As agitações nas cidades cresceram e, em março de 1917, frente as pressões populares, Nicolau II deixa o trono. Foi instalada a República, cujo governo era exercido pela burguesia, através de seu representante, Kerenski. Apesar de anistiar os exilados e presos políticos, Kerenski ignorou as principais reivindicações do povo: tirar a Rússia da guerra e distribuir terra para os camponeses. Assim, Lênin retornou à Rússia, voltando a liderar seu bloco político, os bolcheviques.

Opondo-se a Kerenski, os bolcheviques se organizaram para derrubá-lo, formando a Guarda Vermelha, liderada por León Trotski. Os soviets (conselhos populares organizados inicialmente por soldados, marinheiros e operários, e depois aberto a todos) tomaram o poder em várias cidades russas, e elegeram Lênin como líder do novo governo, em outubro de 1917. Era a Revolução de Outubro, que deu novos rumos para a História da Rússia e do mundo todo. O czar Nicolau II e sua família foram presos, acusados de traição e fuzilados em julho de 1918.

Lênin deu início à socialização da economia, fazendo com que o Estado tomasse bancos, indústrias, controlasse o comércio exterior, distribuísse terra aos milhões de camponeses. Porém, extinguiu os soviets, a mais democrática instituição existente. No início de 1918, Lênin conseguiu retirar a Rússia da guerra, mas teve que enfrentar a contra-revolução, organizada pelos russos-brancos (burguesia e nobreza) e apoiada por diversos países capitalistas (EUA, Inglaterra e França chegaram a enviar tropas) que desejavam derrubar o socialismo. Em 1921, após duras lutas, Trotski conseguiu vencê-los, organizando o Exército Vermelho, reorganizando o exército e instituindo regras democráticas dentro dele.

Para reorganizar o país, Lênin adotou já em 1921 um programa chamado Nova Política Econômica (NEP), que permitia temporariamente a propriedade privada para pequenas indústrias e estabelecimentos comerciais, e estes podiam até mesmo obter lucro (o que não era permitido no socialismo). Além disso, a NEP estimulou a entrada de capitais estrangeiros para revitalizar a economia. Esse programa obteve amplo êxito, e foi extinto em 1929 por Stálin, quando os objetivos do programa foram atingidos.

Em 1924, morre Lênin, o que dá início a disputas pelo poder dentro do Partido Comunista, que controlava o governo na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS (Rússia e demais repúblicas à ela associadas). Stálin (Joseph Vissarionovich Djugashvili), secretário do Partido desde 1922, vence a disputa e vai eliminando pouco a pouco todos aqueles que poderiam ameaçar seu poder. Com Stálin, o socialismo na Rússia se acaba, com o governo assumindo um caráter autoritário, ditatorial, personalista (foi incentivado um verdadeiro culto a Stálin), cruel e violento, pondo abaixo todos os ideais da Revolução de 1917, e das próprias ideias socialistas.

Várias pessoas que não concordavam com os rumos que a Rússia estava tomando foram deportadas para a Sibéria para trabalhos forçados, ou simplesmente foram assassinadas. Stálin perseguiu até mesmo aqueles que ajudaram a fazer a Revolução em 1917, como Zinoviev, Kamenev, Bukárin e o próprio Leon Trotski, que disputou a sucessão de Lênin com Stálin. Trotski fugiu para o México, onde seria assassinado por um agente stalinista.

Questões (com base no texto e, se desejarem, em pesquisas na Internet):

1) Qual o “motor da História” segundo as ideias de Marx?

2) Quais as diferenças entre os bolcheviques e os mencheviques?

3) O que foi a NEP? Quais suas principais características?

4) Pode-se chamar a Rússia de Stálin de socialista? Explique.

5) Existe algum país comunista hoje? Explique.




Atenção Orientação: Atividade de Recuperação:

Responder exclusivamente no formulário no final da atividade.

RECUPERAÇÃO do 1º e 2º Bimestres

HISTÓRIA E GEOGRAFIA

3 ANO

Vamos ler atentamente os textos de apoio, e depois responder às questões propostas (o link será postado depois desse material). Vocês conseguirão as respostas no texto e em pesquisas (livro, Internet). Lembrando que essa atividade vai valer tanto em História como em Geografia. Boa leitura!

TEXTO 1:

A Revolução Francesa (revisão)

Sofrendo miséria, fome, desemprego e descaso do governo do rei Luís XV, o povo, enfurecido, tomou a Bastilha (prisão para os “criminosos” políticos, ou seja, todos que se opunham ao rei) em 14 de julho de 1789, data que marca o início da Revolução, que se divide em quatro períodos:

1789-1791: “Primeiras Jornadas”: o sistema feudal foi abolido (obrigações servis, impostos), elaborou-se a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), o poder foi dividido em Executivo, Legislativo e Judiciário na primeira Constituição da França (1791), que instituía o voto censitário (só podiam votar ou se eleger os que tivessem determinada renda, ou seja, os ricos).

1791-1792: Monarquia Constitucional: o rei jura seguir a Constituição, mas os governos da Prússia (região da Alemanha, na época um reino à parte) e Áustria tentam invadir a França, pois eram aliados do rei e dos nobres franceses. O povo, armado, conseguiu vencer os invasores (Batalha de Valmy, 1792), e o rei foi preso e acusado de traição. A República foi instaurada em 1792.

1792-1794: Convenção Nacional: para governar o país, foi eleita um assembléia, chamada Convenção Nacional. O partido dos jacobinos dominou inicialmente a Convenção, pois tinha mais prestígio junto ao povo. Vejamos os partidos e grupos políticos da época, para entendermos essa fase:

· Partido Jacobino: representava a pequena burguesia (lojistas, funcionário públicos, advogados, médicos). Inicialmente mostraram-se interessados pelos camponeses e proletários (que trabalhavam nas manufaturas), mas uma vez no poder... se esquecem de ambos;

· Partido Girondino: alta burguesia (banqueiros, industriais, comerciantes internacionais), não queria reformas sociais, mas apenas econômicas que os favoreciam. Eram reformistas (queriam só reformas, e não mudanças profundas);

· “Sans-Cullotes” ou Grupo da Montanha: grupo de pressão, formado por operários e artesãos, atuava ao lado dos jacobinos. Sentavam-se nas cadeiras que ficavam na parte mais alta da Convenção, do lado esquerdo, e por isso eram chamados de “montanheses”. Até hoje, a divisão entre “direita” e “esquerda” segue a posição onde se sentavam os grupos políticos na Convenção: à direita ficavam os girondinos (partido de direita é aquele que privilegia os ricos e não quer saber de melhorias sociais); à esquerda, os “sans-coullotes” (que defendiam causas sociais e melhorias para a população).

· Grupo da Planície: composto por aproveitadores, muitos pertencente à alta burguesia financeira, apoiavam sempre aqueles que fossem maioria (torciam pelo time que estivesse ganhando).

Robespierre, jacobino, foi escolhido para comandar o Comitê de Salvação Nacional, que adotou as seguintes medidas:

· congelamento de preços

· reforma agrária (terras dos nobres e da Igreja foram distribuídas para camponeses, criando vários pequenos proprietários);

· guerras vitoriosas contra países que tentam invadir a França para restabelecer a monarquia;

· iniciou a “Fase do Terror” em outubro de 1793: o governo se tornou extremamente autoritário. O rei Luís XV e a rainha Maria Antonieta foram guilhotinados, iniciando uma onda de execuções com a nova invenção, a guilhotina, que se tornou um símbolo da Revolução Francesa. A repressão interna tornava todos os cidadãos suspeitos de serem contra-revolucionários e traidores. Danton e outros líderes da Revolução acabam indo para na guilhotina, em um processo cada vez mais neurótico. Enfraquecidos (por eles mesmos), os jacobinos ficaram isolados no governo e o povo deixou de apoiá-los, o que deu espaço para que os girondinos tomassem o poder na Convenção, em 9 Termidor (os nomes dos meses forma trocados durante a Revolução Francesa, assim como todo o calendário. 9 Termidor corresponde a 27 de julho de 1794). Robespierre foi preso e executado. Acabava-se o “Terror”.

1794-1799: Diretório: os girondinos elaboram uma nova Constituição, na qual o governo passaria a ser exercido por cinco cidadãos (Diretório), eleitos por voto censitário, sendo excluídos os analfabetos (ou seja, a maioria da população). O controle dos preços foi suspenso, a escravidão nas colônias francesas foi restabelecida, começou-se a revisar a reforma agrária. Várias revoltas internas (população insatisfeita e defensores da monarquia), além de ameaça de invasão estrangeira (países governados por reis que tinham assinado um acordo de proteção mútua). Como a situação ficou difícil para os girondinos, eles resolveram entregar o poder para um general que, devido às suas vitórias, havia se tornado uma figura bastante popular, e manteria o poder da burguesia. Assim, em 18 Brumário (10 de novembro de 1799), esse general famoso, Napoleão Bonaparte, encenou um golpe e assumiu o poder, levando a França à posição de potência mundial, pagando um preço bastante alto: guerras violentas contra as maiores potências europeias, com um grande número de mortos.

A divisão de partidos em dois blocos, esquerda e direita, cada qual identificado com uma ideologia (Socialismo/Comunismo de um lado, Capitalismo de outro) vai influenciar também a maneira como os países vão se alinhar após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Assim, no período da “Guerra Fria”, temos o bloco capitalista, liderado pelos EUA, e o bloco Socialista, liderado pela URSS. Os movimentos de independência da Ásia e África seguirão essa lógica de divisão em dois blocos, gerando sangrentos conflitos que caracterizam a chamada “Guerra Fria”, a disputa por áreas de influência pelo mundo entre as duas “superpotências” (EUA e URSS, ambas com capacidade de detonarem bombas atômicas), sem enfrentamento direto entre elas. Os enfrentamentos foram indiretos, com cada lado financiando um partido em cada país que lutou pela independência (Angola, Moçambique, Vietnã, Coréia...)

TEXTO 2:

MARXISMO e REVOLUÇÂO RUSSA

O czar Nicolau II (1868 – 1918) governava a Rússia de forma absolutista, reprimindo qualquer contestação ao governo, através de sua polícia política. Contava com o apoio da nobreza (donos das terras) e do alto clero da Igreja Ortodoxa, que tinha forte influência sobre a população. Esta era composta em sua grande maioria por camponeses miseráveis ainda sob o regime de servidão. As cidades russas eram poucas e pequenas, a industrialização ocorreu no país de forma tardia e o sistema bancário era controlado pela França. Isso fazia com que a burguesia e o operariado fossem classes bem pequenas.

Economicamente, o Império Russo estava afundando em dívidas e, entrando na Primeira Guerra Mundial, essa situação apenas piorou, ainda mais com as vitórias alemãs sobre o mal organizado exército russo.

Contra o governo, foram organizados partidos clandestinos (pois era proibido formar partidos contra o governo), sendo o mais importante o Partido Social Democrata, que se baseava em ideias socialistas.

O Socialismo, em termos simples, é uma teoria político-econômica que surgiu de uma crítica do Liberalismo (e Capitalismo). Foi criada por Karl Marx (em parceria com Friedrich Engels), filósofo alemão que, para analisar a História, utilizou-se do materialismo histórico. A humanidade foi se desenvolvendo, segundo eles, através do tempo a partir de questões materiais (necessidade de comida etc.), e em cada época organizou-se em grupos que criaram maneiras de produzir os bens de que necessitavam (os “modos de produção”). Porém, essa organização dos grupos não foi tranquila, mas baseada em uma relação de exploração dos que assumiram a posse dos meios para poder produzir (“meios de produção”) sobre os que ficaram de mãos abanando (classe trabalhadora, que só possuem a energia para trabalhar – força de trabalho). As tensões entre esses dois grupos (“luta de classes”) fazem com que um modo de produção seja modificado, e se crie um novo, fazendo a história avançar. A “luta de classes” é o motor da História.

Marx estabeleceu, então, uma série de “etapas” em que um modo de produção era mais significativo (dominante). Assim, passou-se do “Modo de produção primitivo” ao “modo de produção asiático” (Egito, Mesopotâmia), deste para o “modo de produção escravista” (Grécia e Roma), depois para o “Modo de produção feudal” e, finalmente, para o “Modo de produção capitalista”. A partir daí, Marx propôs que a classe trabalhadora, adquirindo consciência de sua exploração, se organizasse e, através de um amplo processo revolucionário, instaurasse a caminhada para um modelo onde não houvesse mais a exploração de ninguém, onde todos fossem iguais em direitos e possibilidades (sendo proprietários dos meios de produção), trabalhando sem prejuízo nenhum. Passariam assim do “Modo de produção capitalista” ao “Modo de produção socialista” até chegarem ao “Modo de produção comunista”, onde, não havendo mais classes sociais, não haveria mais tensão e, portanto, seria o fim da História (tal como a conhecemos). O Estado, por ser representante apenas da classe dominante, não existiria mais, sendo o poder passado diretamente ao povo.

Um problema que se estabeleceu após a morte de Marx foi: para se chegar ao Comunismo era necessário passar por todas as etapas, ou era possível pular alguma(s) dela(s)? Partindo do “modo de produção feudal”, seria mesmo necessário instaurar o “modo de produção capitalista” para depois derrubá-lo para chegar no Socialismo?

Inspirados nessas ideias, o Partido Social Democrata (que, como vimos em “Revolução Francesa” seria um partido de esquerda) reunia dois blocos: mencheviques (minoria do partido: desejavam reformas leves, instalação de um governo burguês antes de se pensar em socialismo para o país) e os bolcheviques (maioria: queriam uma revolução que levasse a Rússia diretamente ao socialismo). Este último grupo era liderado por Vladimir Ilitch Ulianov (Lênin). Como a oposição de Lênin ao governo era mais contundente, ele acabou por ser obrigado a fugir do país por perseguições da polícia política do czar.

A inflação, a fome e a miséria aumentavam sem parar. Faltavam alimentos para os combatentes. As agitações nas cidades cresceram e, em março de 1917, frente as pressões populares, Nicolau II deixa o trono. Foi instalada a República, cujo governo era exercido pela burguesia, através de seu representante, Kerenski. Apesar de anistiar os exilados e presos políticos, Kerenski ignorou as principais reivindicações do povo: tirar a Rússia da guerra e distribuir terra para os camponeses. Assim, Lênin retornou à Rússia, voltando a liderar seu bloco político, os bolcheviques.

Opondo-se a Kerenski, os bolcheviques se organizaram para derrubá-lo, formando a Guarda Vermelha, liderada por León Trotski. Os soviets (conselhos populares organizados inicialmente por soldados, marinheiros e operários, e depois aberto a todos) tomaram o poder em várias cidades russas, e elegeram Lênin como líder do novo governo, em outubro de 1917. Era a Revolução de Outubro, que deu novos rumos para a História da Rússia e do mundo todo. O czar Nicolau II e sua família foram presos, acusados de traição e fuzilados em julho de 1918.

Lênin deu início à socialização da economia, fazendo com que o Estado tomasse bancos, indústrias, controlasse o comércio exterior, distribuísse terra aos milhões de camponeses. Porém, extinguiu os soviets, a mais democrática instituição existente. No início de 1918, Lênin conseguiu retirar a Rússia da guerra, mas teve que enfrentar a contra-revolução, organizada pelos russos-brancos (burguesia e nobreza) e apoiada por diversos países capitalistas (EUA, Inglaterra e França chegaram a enviar tropas) que desejavam derrubar o socialismo. Em 1921, após duras lutas, Trotski conseguiu vencê-los, organizando o Exército Vermelho, reorganizando o exército e instituindo regras democráticas dentro dele.

Para reorganizar o país, Lênin adotou já em 1921 um programa chamado Nova Política Econômica (NEP), que permitia temporariamente a propriedade privada para pequenas indústrias e estabelecimentos comerciais, e estes podiam até mesmo obter lucro (o que não era permitido no socialismo). Além disso, a NEP estimulou a entrada de capitais estrangeiros para revitalizar a economia. Esse programa obteve amplo êxito, e foi extinto em 1929 por Stálin, quando os objetivos do programa foram atingidos.

Em 1924, morre Lênin, o que dá início a disputas pelo poder dentro do Partido Comunista, que controlava o governo na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS (Rússia e demais repúblicas à ela associadas). Stálin (Joseph Vissarionovich Djugashvili), secretário do Partido desde 1922, vence a disputa e vai eliminando pouco a pouco todos aqueles que poderiam ameaçar seu poder. Com Stálin, o socialismo na Rússia se acaba, com o governo assumindo um caráter autoritário, ditatorial, personalista (foi incentivado um verdadeiro culto a Stálin), cruel e violento, pondo abaixo todos os ideais da Revolução de 1917, e das próprias ideias socialistas.

Várias pessoas que não concordavam com os rumos que a Rússia estava tomando foram deportadas para a Sibéria para trabalhos forçados, ou simplesmente foram assassinadas. Stálin perseguiu até mesmo aqueles que ajudaram a fazer a Revolução em 1917, como Zinoviev, Kamenev, Bukárin e o próprio Leon Trotski, que disputou a sucessão de Lênin com Stálin. Trotski fugiu para o México, onde seria assassinado por um agente stalinista.

TEXTO 3:

Um segundo impulso na indústria ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial, e gerou enorme riqueza para a burguesia, enquanto os trabalhadores só conheceram a miséria, fome, cansaço e aumento de desemprego (pois as máquinas novas substituíram vários operários em determinadas tarefas).

Os países que tiveram condições de realizar esse desenvolvimento industrial (Inglaterra, França, Alemanha e Itália recém unificadas cada qual como um país centralizado, além da Bélgica, Holanda, Japão e Estados Unidos) lucraram bastante com isso. Essas potências passaram a disputar entre si os mercados consumidores (as áreas que não tinham indústrias e que por essa razão precisavam comprar produtos manufaturados de outros países) e produtores de matéria-prima: América Latina, África e Ásia (com exceção do Japão). Essas áreas tiveram que obedecer as necessidades dos países industrializados, que passaram a controlá-las (para garantir seus lucros), dominando a economia, a política interna, a administração, a sociedade e até a cultura (que também acabou por se tornar mercadoria), e tais áreas ficaram mais tarde conhecidas como “Terceiro Mundo”, apresentando alto índice de miséria, analfabetismo, atraso tecnológico, dívidas, má distribuição de renda (poucos muito ricos, e a grande maioria da população extremamente pobres). Esse domínio dos países industrializados recebeu o nome de Imperialismo.

As nações imperialistas dividiram o mundo entre si, através de acordos, buscando cada qual obter mais lucros. Porém, elas nunca aceitaram pacificamente essa divisão e, em busca da supremacia econômica, acabaram levando o mundo à maior de todas as guerras até então travadas. Outro fator que causou o conflito foi o nacionalismo, onde a vontade de unir os povos eslavos fez com que a Sérvia desejasse tomar os territórios de Montenegro, Bósnia e Herzegovina. A Rússia apoiava essa união, pois isso aumentaria o controle que ela tinha na área, mas isso desagradou o Império Turco e o Império Austro-Húngaro, que perderiam territórios.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)

Para que a guerra começasse só faltava um pretexto, que surgiu em 28 de junho de 1914, com o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, por um estudante sérvio. Iniciava-se a Primeira Guerra Mundial. A Europa se dividiu em dois blocos:

· Tríplice Aliança: Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália (a Itália ficou desse lado até 1915, quando Inglaterra e França prometeram-lhe alguns territórios: Trento, Tirol e Ístria); mais tarde entrou o Império Turco, para neutralizar a Rússia

· Tríplice Entente: Inglaterra, França, Rússia (Itália após 1915)

Da Europa, a guerra se alastrou para outras regiões do mundo (as possessões europeias da África e Ásia, que forneciam matéria-prima) e envolveu a América. O Império Russo se retirou da guerra em 1917, pois com o agravamento de sua situação interna foi realizada uma revolução, a Revolução Russa de 1917, que abalaria o mundo todo.

A guerra, que durou de 1914 a 1918, teve duas fases:

· guerra de movimento (do início até setembro de 1914): os exércitos alemães invadem parte da França, avançando rapidamente;

· guerra de trincheiras ou de posição (de setembro de 1914 até o final): foi a característica da guerra, pois durou mais. Consistiu em cada lado tentar manter sua posição e avançar com incrível lentidão. Muitos morreram sem que a situação das linhas de batalha se alterasse. Porém, em março de 1917, os Estados Unidos resolveram entrar na guerra ao lado da Entente, e por possuírem tropas mais “descansadas” (já que ainda não tinham entrado em guerra) e muitos equipamentos, garantiram a vitória do seu bloco.

Resultados da guerra:

A Entente vence, finalmente, a guerra, obrigando a Alemanha a assinar o Tratado de Versalhes, que lhe impunha uma derrota muito maior que a real: teve que pagar uma indenização à vários países muito superior à estabelecida pelos peritos da Conferência de Paz, além de perder 1/7 de seu território. Isso levou à um sentimento de revolta na Alemanha, que mais tarde seria utilizado pelos nazistas

· a Alemanha deixa de ser Império e se torna República, com a abdicação do Kaiser (imperador) Guilherme II;

· formação de vários Estados independentes: Polônia, Hungria (separada da Áustria), Tchecoslováquia, Iugoslávia (reunindo Sérvia, Bósnia, Montenegro, Herzegovina), Lituânia, Finlândia.

· criação da Liga das Nações, organização encarregada de manter a paz no mundo (excluindo a Alemanha e a União Soviética), que embora não tivesse dado resultado algum, foi a precursora da atual ONU (Organização das Nações Unidas).

· Estados Unidos começa a despontar no cenário mundial como potência.

· enfraquecimento e endividamento de toda a Europa.

· a Bolsa de New York, nos Estados Unidos, começou aos poucos a controlar o capitalismo mundial; o dólar já estava definido como padrão de moeda mundial.

Atenção: Formulário para resposta:



Atividade postada em 09/09/2020

Obs. Responder no formulário: https://forms.gle/kEBgcceh6f2YFbubA (não responder nos comentários).

Guerra Fria.

A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou a polarização do mundo em dois blocos: um liderado pelos americanos e outro pelos soviéticos. Essa polarização gerou um conflito político-ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, cada qual defendendo os seus interesses e a sua ideologia. A Guerra Fria nunca gerou um conflito armado direto entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS), mas o conflito de interesses entre os dois países resultou em conflitos armados ao redor do mundo e em uma disputa que ocorreu em diversos níveis como a economia, a diplomacia, a tecnologia etc.

A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial, conflito que aconteceu entre 1939 e 1945. Ao final desse conflito, EUA e URSS saíram como as duas grandes potências mundiais e essa situação contribuiu para o surgimento de um cenário de polarização. O início da rivalidade entre americanos e soviéticos no pós-guerra é debatido pelos historiadores. Considera-se que a Guerra Fria iniciou-se por meio de um discurso realizado por Harry Truman, no Congresso americano, em 1947. Nesse discurso, o presidente americano solicitava verba para combater o avanço do comunismo na Europa e alegava que era papel do governo americano combater o avanço da influência soviética.

Com isso, iniciou-se a Doutrina Truman, ideologia que englobou as medidas realizadas pelo governo americano para conter o avanço do comunismo na Europa. Uma das etapas dessa doutrina foi o Plano Marshall, o plano de recuperação da Europa destruída pela guerra. O objetivo desse plano era aumentar a influência americana na Europa, e os soviéticos percebendo isso proibiram os países de seu bloco a aderirem ao Plano Marshall.

O discurso praticado pela Doutrina Truman utilizava de um discurso alarmista que colocava o governo soviético como um governo expansionista. O governo americano, no entanto, sabia que a postura dos soviéticos era uma postura defensiva, porque o país estava destruído pela guerra e buscava garantir seus interesses apenas na sua zona de influência.

Além disso, outro ponto importante é que as dificuldades econômicas que os países europeus enfrentariam no pós-guerra poderiam abrir espaço para o avanço do comunismo e isso preocupava os americanos. Assim, os americanos desenvolveram um discurso maniqueísta, que foi responsável por polarizar a relação entre as duas nações.

Os soviéticos, que, a princípio, interessavam-se apenas em garantir o controle sobre sua zona de influência, acabaram incorporando o discurso maniqueísta, o que concretizou a polarização que marcou a Guerra Fria.

Características

Dentre as características da Guerra Fria (1947-1991), destacam-se:

· Polarização: por meio de dois blocos, um sob influência americana e outro sob influência soviética, foi a grande marca da Guerra Fria. Com isso, americanos e soviéticos possuíam uma retórica agressiva contra seu adversário e tinham aliados estratégicos. Houve uma tentativa de alguns países de realizarem uma política externa independente, sem que fosse necessário aliarem-se a algum dos dois países.

· Corrida armamentista: a disputa entre as duas nações e a procura por mostrar-se como força hegemônica motivaram ambos a investirem pesadamente no desenvolvimento de armas de destruição em massa, as bombas nucleares e termonucleares.

· Corrida espacial: a disputa entre as duas nações manifestou-se também na área tecnológica e, entre 1957 e 1975, concentrou-se na exploração do espaço.

· Interferência estrangeira: os dois países realizaram, ao longo dos anos de Guerra Fria, uma série de interferências em nações estrangeiras como forma de garantir seus interesses. O Brasil, por exemplo, foi alvo disso quando os americanos apoiaram o golpe militar de 1964.

Acontecimentos mais importantes da Guerra Fria

A tensão gerada pela Guerra Fria repercutiu de inúmeras maneiras no mundo ao longo da história humana. Destacaremos algumas informações desses acontecimentos abaixo:

· Revolução Chinesa

A China foi um dos locais influenciados pela ideologia comunista e, desde a década de 1920, o país vivia uma guerra civil travada por nacionalistas (apoiados pelo EUA) e comunistas (apoiados pela URSS). Depois do fim da 2ª Guerra, a guerra civil retomou, e os comunistas conseguiram se impor e conquistaram o poder do país em 1949. O avanço do comunismo pela China alarmou os americanos e fez com que pesados investimentos dos EUA fossem destinados a locais como Japão e Coreia do Sul.

· Guerra da Coreia

Esse foi o primeiro grande conflito, depois da Segunda Guerra Mundial, e aconteceu entre 1950 e 1953. Esse conflito foi resultado da divisão da Península da Coreia, feita por americanos e soviéticos, em 1945. O norte, governado por comunistas, e o sul, governado por um governo capitalista.

A tensão desenvolvida entre os dois lados, entre 1945 e 1950, levou os norte-coreanos a invadirem a Coreia do Sul. O objetivo era reunificar a Coreia sob um governo comunista. Os soviéticos participaram do conflito às escondidas, e os americanos entraram no conflito já em 1950. O conflito foi encerrado sem vencedores e a península permanece dividida até hoje.

· Crise dos Mísseis em Cuba

O momento de maior tensão em toda a Guerra Fria ficou conhecido como Crise dos Mísseis e aconteceu em Cuba, em 1962. Cuba havia passado por uma revolução nacionalista, em 1959, e um tempo depois aliou-se com os soviéticos por causa dos embargos americanos. Em 1962, os soviéticos resolveram instalar uma base de mísseis em Cuba e deu início à crise diplomática.

Os mísseis instalados em Cuba não representavam séria ameaça aos americanos, mas prejudicavam a imagem do presidente John F. Kennedy. Com isso, o governo americano ameaçou os soviéticos de guerra, caso os mísseis soviéticos não fossem retirados. Duas semanas depois, os soviéticos retiraram os mísseis de Cuba e, em troca, os americanos retiraram mísseis da Turquia.

· Guerra do Vietnã

A Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 e foi um dos momentos mais tensos dos EUA na Guerra Fria. Nessa guerra, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul travavam um conflito aos mesmos moldes do que havia acontecido na Coreia. Os americanos, em socorro aos sul-vietnamitas, invadiram o país e passaram a lutar contra o Vietnã do Norte.

A Guerra do Vietnã foi cara para a economia americana e custou milhares de vidas ao seu exército, que se retirou do país, em 1973, derrotados. Em 1976, o país foi unificado sob domínio do governo do Vietnã do Norte.

· Guerra do Afeganistão de 1979

Esse é o conhecido “Vietnã dos soviéticos”. Os soviéticos invadiram o Afeganistão, em 1979, em apoio do governo comunista daquele país contra os rebeldes fundamentalistas islâmicos que atuavam, sobretudo, no interior afegão. Ao longo de dez anos de conflito, os soviéticos lutaram em vão contra as forças rebeldes. Exauridos economicamente, os soviéticos retiraram-se do Afeganistão, em 1989.

· Alemanha na Guerra Fria

A Alemanha foi um local de extrema importância durante a Guerra Fria, porque ali a polarização manifestou-se de forma intensa. O país foi dividido em zonas de influência, no fim da 2ª Guerra, e elas resultaram no surgimento de duas Alemanhas: a Alemanha Ocidental, aliada dos EUA, e a Alemanha Oriental, aliada da URSS.

Essa divisão também foi refletida em Berlim que, a partir de 1961, foi dividida por um muro construído pelo governo da Alemanha Oriental, em parceria com a União Soviética. Os comunistas queriam colocar fim a evasão de população da Alemanha Oriental para Berlim Ocidental. O Muro de Berlim permaneceu de pé por 28 anos e foi o símbolo da polarização causada pela Guerra Fria.

Acesse também: Entenda como ocorreu a queda do Muro de Berlim

Cooperação política e militar

Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e soviéticos procuraram garantir sua influência sobre seu bloco e para isso criaram grupos que realizaram a cooperação econômica, política e militar entre seus aliados.

· Plano Marshall e Comecon: o Plano Marshall, como citado, foi criado pelos EUA para financiar a reconstrução da Europa e conter o avanço do comunismo. Os soviéticos, em represália, criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, o Comecon, que garantia apoio econômico aos países do bloco comunista.

· Otan e Pacto de Varsóvia: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi criado como uma aliança militar entre os países alinhados aos Estados Unidos, em 1949. O Pacto de Varsóvia, por sua vez, criado em 1955, visava a garantir a segurança dos países do bloco comunista.

Fim da Guerra Fria

A partir da década de 1970, a economia da União Soviética começou a entrar em crise. A crise foi resultado da falta de ações do governo soviético para dinamizar a economia do país, que já demonstrava estar em atraso tecnológico e econômico em relação às grandes potências mundiais, e os indicadores sociais do país começaram a cair.

A disparada no valor do petróleo criou um clima de falsa prosperidade, que impediu que reformas na economia soviética acontecessem. O envolvimento do país na Guerra do Afeganistão e o acidente nuclear que aconteceu em Chernobyl, em 1986, contribuíram para o fim da URSS, pois impuseram pesados gastos a um país com uma economia já fragilizada.

O último presidente soviético, Mikhail Gorbachev, começou a realizar reformas (Glasnost e Perestroika) de abertura do país para o Ocidente, sobretudo na economia, e essas levaram ao desmantelamento da União Soviética. Quando Gorbachev renunciou, em 25 de dezembro de 1991, a URSS foi dissolvida e isso marcou o fim da Guerra Fria.

Atividade que deverão ser realizadas NO CADERNO para sua aprendizagem:

· Faça um Mapa mental sobre a Guerra Fria.

· Pesquise a História do Brasil de 1947 – 1991, e identifique como a Guerra Fria influenciou nossa política e História.

· Em relação ao continente africano: Pesquise conflitos de descolonização que tiveram influência Soviética e estadunidense.

O material que vocês escreveram serve como base para estudar a matéria, e então, prosseguir para realizar as atividades no link que será divulgado no blog da escola.




Postagem em 09/11/2020- referente ao 4° Bimestre.

DITADURA CÍVICO-MILITAR (1964 - 1985)

Foram cinco os generais-presidentes:

· Castelo Branco (1964-1967)

· Costa e Silva (1967-1969)

· Médici (1969-1974)

· Geisel (1974-1979)

· Figueiredo (1979-1985)

A ditadura, iniciada por um golpe militar em 31 de março de 1964, representou o que de pior poderia existir para o país: repressão, torturas, assassinatos impunes, desrespeito aos direitos humanos, censura aos meios de comunicação, corrupção desenfreada, inchamento do Estado com a utilização de estatais que serviam como “cabides de emprego” para militares e seus parentes. A classe política séria foi banida do país, tendo seus direitos políticos cassados, ficando apenas aqueles que apoiavam o governo e se beneficiavam do regime. Os presidentes militares não respeitavam a Constituição, e governavam através de Atos Institucionais (os AI’s), que eram emendas à Constituição que não necessitavam de aprovação do Poder Legislativo. O mais famoso foi a AI-5, que dava amplos poderes ao presidente da República, que se tornava um verdadeiro ditador. A Doutrina de Segurança Nacional, nascida na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, foi a ideologia oficial da ditadura. Qualquer pessoa ou instituição que fosse considerada uma ameaça ao governo era vista como inimiga e, portanto, deveria ser eliminada. Em termos ideológicos significava reprimir os dissidentes e suas formas de organização. Foi criado o SNI (Serviço Nacional de Informações) que tinha o papel de controlar as atividades de pessoas de dentro e fora do governo. Um gigantesco esquema foi montado para isso, recolhendo informações e atuando na punição daqueles que, segundo os critérios da LSN (Lei de Segurança Nacional), estariam impedindo a realização de programas governamentais. Sindicatos, universidades e outras associações ficaram sob intervenção militar. Os governadores estaduais e prefeitos passaram a ser nomeados pelo governo federal. Os partidos políticos existentes foram dissolvidos, e foi permitida a existência de apenas dois: a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido do governo, e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), de oposição. Essa oposição apenas dava uma aparência de legitimidade à um regime de força.

O governo das Forças Armadas teve seus presidentes escolhidos pelos oficiais mais altos das três armas; o papel do Congresso era o de apenas aprovar aquela escolha e dar-lhe legitimidade. Atuando dessa maneira, as Forças Armadas passaram a atuar como uma espécie de “partido militar” das classes dominantes.

A esquerda brasileira caminhou para a oposição clandestina. A guerrilha urbana e a rural foi a estratégia escolhida pela maior parte das organizações que lutavam contra o regime militar. As manifestações de rua se multiplicaram e as organizações clandestinas iniciaram um processo de luta armada que desencadeou uma forte reação por parte dos militares. Mortes e torturas se intensificaram até 1971, quando a oposição armada foi extinta. Existiam vários órgãos oficiais para manter a repressão e realizar torturas: o SNI (Serviço Nacional de Informações), o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), além de órgãos extra-oficiais (como a OBAN: Operação Bandeirantes). Muitos empresários brasileiros apoiavam esses organismos de morte e tortura, e lucraram com isso, recebendo vários favores do governo.

O governo militar pôs em prática uma política de concentração de rendas, mediante um intenso arrocho salarial, desemprego e falência de milhares de pequenas e médias empresas. Facilitaram o ingresso do capital estrangeiro e fizeram grandes empréstimos no exterior, multiplicando a dívida externa.

A partir de 1977, o movimento sindical inicia a sua reorganização, surgindo novos líderes que ousaram desafiar a ditadura, como Lula (metalúrgico), Jacó Bittar (petroleiro) e Olívio Dutra (bancário). Greves em 1978 e 1979 demonstraram a capacidade de resistência desses trabalhadores à política de arrocho salarial.

O movimento estudantil também demonstrou capacidade de recuperação, quase dez anos depois de ser desarticulado pela repressão, realizando grandes manifestações de rua e reconstruindo a UNE (União Nacional dos Estudantes). Os protestos contra a repressão e a tortura mostraram que o sistema estava em franca decadência, pois o povo não suportava mais sustentar a ditadura. O aprofundamento da crise social e as manifestações organizadas de resistência levaram o general Geisel a anunciar a “abertura lenta e gradual”. Na realidade, aquele momento marcou o início da transição para a democracia. Geisel decretou o fim do AI-5 em 31 de dezembro de 1978, e colocou como sucessor o general João Figueiredo, que ficou encarregado de realizar a “abertura”, ou seja, o processo no qual, sob controle do governo militar, o Brasil iria lentamente ganhando liberdade de expressão e organização.

Desta forma, Figueiredo decretou anistia “ampla, geral e irrestrita”, em resposta à Campanha Nacional Pró-Anistia, restabelecendo direitos políticos dos exilados, permitindo sua volta ao país. Mas a anistia deixava livres os acusados da prática de tortura e crimes a serviço do governo militar. Ainda em 1979, o presidente Figueiredo realizou a reforma partidária, extinguindo a ARENA e MDB, permitindo a criação mais livre de vários partidos. Essa foi uma estratégia para tentar diminuir a pressão política contra o governo, dividindo a oposição. Surgiram vários partidos:

· PDS (Partido Democrático Social): a antiga ARENA, partido do governo militar, mudou seu nome para um mais bonito e pomposo para tentar confundir os eleitores. Seus representantes são Espiridião Amin e Paulo Maluf. Atualmente, mudou novamente de nome, para tentar esconder o seu passado, hoje se chamando PPB (Partido Progressista Brasileiro), reunindo os setores mais conservadores do Brasil;

· PFL (Partido da Frente Liberal): alguns políticos do PDS fundaram esse partido para que seus nomes não ficassem ligados ao regime militar, que sempre apoiaram, tentando assim ganhar simpatia popular;

· PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro): o antigo MDB se dividiu em vários. Os políticos que eram contra o regime militar, mas apoiavam o capitalismo liberal permaneceram com a legenda, acrescentando um P de Partido. Esse partido contou com Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Mário Covas, José Sarney (ex-líder do PDS) etc.

· PTB (Partido Trabalhista Brasileiro): sigla antiga na política brasileira, representa setores ligados à Getúlio Vargas e suas idéias;

· PDT (Partido Democrático Trabalhista): Leonel Brizola, não conseguindo ficar com a sigla PTB, fundou esse partido que se diz social-democrata: não renega o capitalismo, mas se preocupa com as conquistas sociais dos trabalhadores;

· PT (Partido dos Trabalhadores): fundado por sindicalistas e membros de setores progressistas da Igreja Católica, que se opunham ao regime militar. Defende o socialismo, e se desvincula dos velhos partidos comunistas, com idéias diferentes, buscando melhorias sociais;

A política econômica do governo, a cargo de Delfim Neto (novamente ministro da Fazenda de um governo militar), levava o país ao desastre, com desemprego, inflação etc. A oposição ao governo militar crescia rapidamente. Para piorar a situação do governo, em maio 1981 explodiu uma bomba preparada por militares em frente ao Riocentro, local onde se realizavam festividades para o primeiro de maio. A bomba explodiu em um carro antes do tempo, matando um sargento e ferindo um capitão, denunciando os autores do atentado que não deu certo. O Exército negou qualquer envolvimento, mas foi difícil engolir, e como resultado a população pressionou ainda mais o governo para a abertura. A chamada “linha dura” do Exército realizou atos terroristas (uma bomba explodiu na OAB - Ordem dos Advogados do Brasil - e outra explodiu na sala de um vereador na Câmara Municipal do Rio; bancas de jornal que vendiam publicação de esquerda contra o governo foram queimadas), além de seqüestrar e espancar o jurista Dalmo Dallari em São Paulo, antes do episódio do Riocentro, em 30 de abril de 1981. A explosão do carro dos militares no Riocentro marcou o fim das atividades terroristas da extrema direita, e não foi mais possível segurar o governo militar, cujo representante era o general-presidente Figueiredo (ex-chefe do SNI).

Em 1983, teve início uma campanha nacional que criticava frontalmente a legitimidade das eleições indiretas para presidente (escolhido pelo Colégio Eleitoral, controlado pelos militares): era a campanha das Diretas-Já, que contou com a participação do Partido dos Trabalhadores (PT, fundado em 1980, ainda na clandestinidade). Em abril de 1984, a campanha reuniu mais de 500 mil pessoas na Candelária (Rio de Janeiro), e mais de 1 milhão no Anhangabaú (São Paulo). A pressão popular não foi, porém, suficiente para fazer com que o Congresso votasse a favor da Emenda Dante de Oliveira, que propunha eleições diretas para presidente e vice em 1985.

Dessa forma, o próximo presidente seria escolhido ainda pelo Colégio Eleitoral. Os militares apresentaram como candidato Paulo Maluf (ex-governador de São Paulo entre 1978-1981, colocado pelos militares quando ainda não havia eleição para governador), velho aliado da ditadura militar. O PMDB aliou-se ao PFL e apresentou a candidatura de Tancredo Neves. O Colégio Eleitoral, sabendo que não poderia mais apoiar o PDS no governo devido à pressão popular, elegeu Tancredo como presidente, e José Sarney como vice. Acabava-se o período em que os militares assumiram diretamente a presidência. Os resultados desses vinte anos de autoritarismo, impunidade, corrupção, torturas e mortes se refletem nos dias de hoje, onde existe miséria, fome, desinformação, apatia e desmobilização política (ninguém cobra nada dos políticos, nem tampouco se interessa por política), analfabetismo, falta de vontade política para promover programas sociais que atendam as necessidades básicas da população (saúde, educação, moradia etc.).



GOVERNOS “DEMOCRÁTICOS” (1946-1964)

O período que se seguiu à queda de Vargas e a Segunda Guerra Mundial é conhecido como “democrático”, pois o povo voltou a poder votar para presidente. Mas não significa que não houve repressão. Tivemos as seguintes fases nesse período:

· governo Dutra (1946-1951)

· governo Vargas (1951-1954)

· crise institucional (1954-1956)

· governo Juscelino Kubitschek, ou JK (1956-1961)

· governo Jânio Quadros (1961)

· governo João Goulart (1961-1964)

No governo Dutra, o Brasil estreitou relações com os Estados Unidos, tomando uma série de medidas para agradar os norte-americanos: criação da Escola Superior de Guerra (ESG), cujo principal objetivo é conter o avanço das idéias de esquerda no país (para manter a ideologia dos EUA); rompimento de relações diplomáticas com a União Soviética (Estado inimigo dos EUA na época); o Partido Comunista Brasileiro foi colocado na ilegalidade (os EUA detestam ouvir falar em comunismo). Dutra ainda liberou as importações (sem proteger a indústria nacional), congelou os salários (não houve aumento nenhum entre 1942-1952, dez anos!), mas os preços podiam subir livremente. Ocorreram várias greves, mas os trabalhadores foram perseguidos e processados pelo governo.

Getúlio Vargas retornou à presidência, e adotou novamente sua política de intervenção nacionalista do Estado na economia (abandonada por Dutra). Criou a Petrobrás, nacionalizando a exploração dos minerais (passou a ser monopólio estatal). Procurou se afastar dos EUA e seu controle, o que desagradou parte dos militares (que apoiavam o controle dos EUA sobre o Brasil) e da elite (que assumiu altos cargos nas multinacionais). Sofrendo forte oposição, recebeu um ultimato militar para renunciar, e preferiu suicidar-se, o que ocorreu em 24 de agosto de 1954. Com o suicídio de Getúlio, setores militares tentaram tomar o poder a qualquer custo, mas foram impedidos pelo general Lott, que garantiu a posse do presidente eleito, Juscelino.

JK retomou a política de Dutra, dando liberdade ao capital estrangeiro. As multinacionais se instalaram no Brasil, com isenções fiscais, pagando baixos salários aos trabalhadores, e acabaram dominando a economia brasileira. Foi tentado o “Plano de Metas” (“cinqüenta anos em cinco”), para industrializar o país (com indústrias estrangeiras). Haviam 31 metas, divididas em cinco áreas: Transporte, Energia, Educação, Alimentação e Industrialização. O setor automobilístico cresceu bastante, assim como as indústrias e transportes. Mas a agricultura, educação e as ferrovias tiveram um impulso bastante pequeno. A inflação, o desemprego e a dívida externa atingiram níveis altíssimos. Mas os fracassos na economia foram esquecidos logo com a construção da nova capital do Brasil, Brasília (inaugurada em 21 de abril de 1960). A popularidade de JK subiu enormemente.

Jânio Quadros se elegeu usando a tática populista: dizia-se pobre, amigo do povo, moralista (usava a vassourinha como símbolo, para limpar a corrupção). Foi fechado um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional, com sede nos EUA, que emprestam e controlam as economias de diversos países, que passam a ser escravos dessa instituição, tendo que obedecer a suas orientações que só servem para enriquecer os bancos estrangeiros), sendo tomadas as seguintes medidas: desvalorização e controle da emissão do dinheiro, redução de subsídios para trigo e petróleo. Isso levou à um aumento da inflação. Na política externa, no entanto, Jânio adotou uma política de independência dos EUA, reatando relações com a União Soviética e países socialistas (Cuba), além de defender a entrada da China na ONU. Isso tudo desagradou os EUA e setores conservadores brasileiros.

Como queriam manter-se no poder de forma autoritária, Jânio tentou dar um golpe, apresentando sua renúncia, pois tinha certeza que ela não seria aceita e que o Congresso (por pressão do povo e de militares) acabaria por aumentar seu poder para convencê-lo a permanecer na presidência. Mas nada disso aconteceu: sua renúncia foi aceita, os militares o obrigaram a deixar o país, e o povo não o chamou de volta. Em seu ligar, foi chamado seu vice, João Goulart (Jango), que estava em visita à China. Novamente setores conservadores quiseram impedir a posse de Jango, mas Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e muito influente entre alguns militares gaúchos, criou a “Cadeia Legalista” para garantir a posse de Jango. Foi feito um acordo (idéia de Tancredo Neves) com os conservadores: Jango assumiria, mas o regime seria mudado para Parlamentarismo (o primeiro-ministro assume a chefia do governo. Tancredo Neves foi um desses primeiros-ministros), o que diminuía o poder do presidente. Em 1963, haveria um plebiscito (consulta ao povo, que vota “sim” ou “não” frente a uma determinada questão), para saber se o Parlamentarismo continuaria ou não.

Em 1963, o plebiscito derrubou o Parlamentarismo, o que deu maiores poderes para Jango, que logo anunciou suas “Reformas de Base”: reforma agrária, reforma tributária, reforma educacional, reforma no sistema de financiamento habitacional e limitação de remessas de lucros para o exterior (o que não agradava as multinacionais). A política externa independente de Jânio foi mantida.

Essas medidas atingiram em cheio a elite conservadora (grandes empresários, banqueiros, latifundiários) e setores militares, que começaram a se organizar para derrubar Jango através de um golpe. Estavam envolvidos militares e civis: Adhemar de Barros (governador de São Paulo), Magalhães Pinto (governador de Minas Gerais), Jarbas Passarinho (coronel do Exército, defensor do uso de tortura), proprietários de jornais como “O Globo”, “O Estado de São Paulo”, “O Correio da Manhã”, congressistas, empresários, etc. O embaixador dos EUA dava total apoio a esse grupo. Em março de 1963, Goulart decretou a nacionalização das refinarias de petróleo e a criação da Superintendência da Reforma Agrária (Supra, presidida por Chico Whitaker). Foi a gota d’água para que começassem a ocorrer distúrbios entre os militares (muitas manifestações foram organizadas pelo provocador “cabo Anselmo”, agente da CIA e dos órgãos de repressão), para dar a impressão de instabilidade política. Os militares foram ganhando força, e em 31 de março de 1964 tomaram o poder, depondo João Goulart.




Data da postagem 16/11/2020

Revisão do ano todo, será necessário rever os materiais que já foram postado no blog e estudar...


Reposta no formulário abaixo:



As atividades serão aceitas somente até a data de hoje 11/12/2020.

799 visualizações54 comentários

54 Comments


murilomcpeixe
murilomcpeixe
Dec 15, 2020

Murilo Modena Cesaro

3B número : 34


Relatório feminismo ( geografia/história )


No primeiro quadro o professor coloca o conceito do feminismo.

Movimento social e político que busca conquistar o acesso a direitos iguais entre os gêneros.

Arqueofeminismo: Na Revolução Francesa,alguns filósofos políticos como Marquês de condorcet defendiam direitos iguais para as mulheres.

A Declaração da mulher e da cidadã foi escrito por Ólimpe de Gouvêa.

Depois o professor explicou suas origens “O Movimento se iniciou no século XIX, na Inglaterra, e linha com foco no voto feminino, depois ocorreu o início das sufragistas na segunda Guerra, quando os homens iam para as guerras e as mulheres trabalhavam em seu lugar, quando os homens voltavam, elas assumiam “seu lugar" determinado…


Like

Hellen Anjos
Hellen Anjos
Dec 11, 2020

Última parte


Like

Hellen Anjos
Hellen Anjos
Dec 11, 2020

2 parte


Like

Hellen Anjos
Hellen Anjos
Dec 11, 2020

Feminismo

Nome: Hellen n°16 3°B


Like

Maria Sousa
Maria Sousa
Dec 10, 2020

Maria De Sousa

Número: 22

3Ano B

Resumo

FEMINISMO

Movimento social e político que busca conquistar o acesso a direitos iguais entre os gêneros.

Propõe o fim do patriarcado

O movimento por igualdade de direitos acaba por se aproximar de outros movimentos que seguem a linha da isonomia.

Arqueofeminismo: desde a Revolução Francesa, alguns políticos e filósofos como o Marquês de Condorcet defendiam direitos iguais para as mulheres

Olympe de Gouges (Marie Gouze) escreveu a Declaração da Mulher e da Cidadã

Origens

O movimento se iniciou no século XIX, na Inglaterra, e tinha como foco o voto feminino

1897: Fundação da União Nacional pelo Sufrágio feminino por Millicent Fawcett (1847-1929), uma educadora, política, líder de sindicato e escritora britânica.

Início…


Like
bottom of page