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Pamela - Eletiva LiterArte

  • joaodias3silveira
  • 25 de jun. de 2020
  • 6 min de leitura

Atualizado: 21 de set. de 2020


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ATENDIMENTO VIA CLASSROOM

Código: l5lvjqj


ELETIVA LITERARTE MANHÃ

Horário de Atendimento

Segunda-feira, das 11h05 às 12h35

OBS.: Responder as atividades no tópico correspondente à sua turma!

ELETIVA LITERARTE TARDE

Horário de Atendimento

Segunda-feira, das 17h05 às 18h35

OBS.: Responder as atividades no tópico correspondente à sua turma!

15/06: Etapas da Criação de um Roteiro

Ler os documentos e realizar anotações no caderno


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22/06: Transformando contos em roteiros (Entrega em 6/7)

Depois de aprendermos um pouco mais como são criados os roteiros, inclusive com alguns exemplos, vamos tentar transformar um texto já pronto em um roteiro? Claro que como é o primeiro contato de vocês, pensem que estão escrevendo uma peça teatral, assim, na cabeça, fica muito mais fácil.

Como não sabemos ainda como ficarão as coisas e nossa proposta inicial acabou indo por água abaixo, vamos transformá-la. Esse será um teste, uma forma de vocês tirarem todas as dúvidas e daqui 15 dias colocarei à disposição de vocês uma série de contos mais longos para que vocês escolham um e o transformem, para entrega de Projeto Final.

O conto escolhido foi "Uma vela para Dario", escrito por Dalton Tevisan. Acredito que muitos já o conheçam, pois ele é muito usado no Fundamental II.

Novamente, estou aqui a disposição para sanar suas dúvidas. A entrega deve ser realizada ou em arquivo Word/ PDF ou por foto, desde que visível, nos mesmos moldes das atividades anteriores, no tópico do classroom referente a seu período.

Atenção: Atividade de Recuperação

RECUPERAÇÃO INTENSIVA – 1º E 2º BIMESTRES

ELETIVA LITERARTE

ATIVIDADES REFERENTES AO 1º BIMESTRE

1. Produção de um lambe-lambe, com a temática “Coronavírus e a emergência global”;

2. Pesquisar os seguintes tópicos:

a) Elementos teatrais: tempo, espaço, plateia, personagens, cenário, figurino e iluminação;

b) O que é sonoplastia e sua importância;

c) Qual a origem do cinema.

ATIVIDADES REFERENTES AO 2º BIMESTRE

- Leia o roteiro abaixo e responda às questões de 1 a 6:


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INT. SALA DE JANTAR, CASA DE MAURO / ARQUIVO – JOGO

MONTAGEM ALTERNA:

ARQUIVO – SANTOS VERSUS VASCO DA GAMA (MARACANÃ, 1969)

O ESTÁDIO DO MARACANÃ está lotado.

Closes de CHUTEIRAS disputando jogadas e dos torcedores.

PELÉ entra na grande área e é derrubado. O JUIZ marca pênalti. Euforia da torcida.

MAURO

O maior jogador de todos os tempos pode estar prestes a marcar seu milésimo gol. Os jogadores do Santos se dirigem para o meio de campo.

NA MESA DE JANTAR –

A MÃO de MAURO reproduz a cena que acontece no estádio, num jogo de futebol de botão.

NO MARACANÃ –

Pelé apanha a bola e a posiciona na marca do pênalti. Mauro narra as ações do jogo com grande

emoção.

NA MESA DE JANTAR –

MAURO

Pelé vai bater o pênalti! Mauro coloca o botão de Pelé na posição para bater o pênalti.

NO MARACANÃ –

O juiz apita. Pelé corre, dá sua famosa paradinha, e chuta para dentro do gol.

MAURO

É goooooooooool!

NA MESA DE JANTAR –

Forte RUÍDO do telefone batendo no gancho distrai Mauro. Ele vacila no controle da PALHETA quando dispara o botão de Pelé em direção à bola. A pequena BOLINHA DE PLÁSTICO passa por

cima do gol.

MÍRIAM (30) – a mãe de Mauro – com cara de preocupada, junto ao telefone, fala em tom bem

sério com o filho.

MÍRIAM

Vamos ter que viajar...

MAURO

Agora?

MÍRIAM

Agora.

MAURO

Mas e o papai?

MÍRIAM

Pra variar está sempre atrasado. Míriam está apreensiva: ouve um SOM DE CARRO. Vai até a JANELA. Míriam espia pela janela e vê

JANELA – Ponto de vista de MÍRIAM

Um FUSCA AZUL estaciona diante da casa.

JUNTO À JANELA – Míriam suspira aliviada.

PELA PORTA –

DANIEL, pai de Mauro, entra aflito na sala.

DANIEL

Pega suas coisas. Nós vamos sair de férias! Mauro fica perplexo e animado ao mesmo tempo,

e começa a recolher seus botões e a colocá-los em sacos.

MAURO

Como férias? Amanhã tem aula.

Enquanto Mauro guarda os botões, os pais carregando roupas e objetos pessoais.

MÍRIAM

Anda Mauro!

Mauro pega os sacos com botões e caminha em direção à porta. Pára. Volta para mesa. Coloca

os sacos com os botões sobre a mesa. Mauro se abaixa e pega, sob a mesa, uma BOLA DE FUTEBOL. Daniel volta à sala carregando as malas.

DANIEL

Não ouviu o que a sua mãe tá dizendo? Isso aqui não é brincadeira! Vamos embora!

Esse texto é um fragmento do roteiro do filme “O ano em que meus pais saíram de férias”. Nessa passagem, os pais de Mauro saem de viagem. Na verdade, eles fogem da perseguição política exercida na década de 70 no Brasil. O garoto, sem nada entender, aceita as ideias dos pais, mas não compreende com certeza a viagem forçada.

1. Que marcas no texto do roteiro revela a surpresa e a apreensão do filho de Daniel e Miriam?

2. Que fatos apresentam a fuga dos pais de Mauro?

3. Qual a função dos nomes escritos em caixa alta? Há alguma semelhança com o gênero dramático (teatro)? Qual?

4. Observe a cena: em que local os fatos ocorrem?

5. Na representação da fala das personagens, há a predominância de uma variedade culta da escrita? Ou ao contrário, a linguagem está mais próxima do que falamos no dia a dia? Justifique sua resposta com uma passagem do texto.

6. Qual o real objetivo de um roteiro de cinema? Argumente sua ideia.

- Transforme o conto abaixo em um roteiro:

Uma vela para Dario

Dalton Trevisan

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca.

Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentarase na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.

A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.

Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las.

Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.

Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade, sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade.

Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio, quando vivo, só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. A última boca repetiu — Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto.

Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.

Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.

Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.

Texto extraído do livro Vinte contos menores, Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág.20.

Atividade postada em 21/09/2020- Referente ao 3° bimestre

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